Estava sem inspiração, por isso escrevi um poema sobre isso mesmo. Sobre como fecham a nossa mente à verdade. Eh, só ouça para entender! Letra: Hoje estou sem inspiração, mas o que faço então? É só uma coisa temporária: nunca aparece com horário. Parece sempre tão inútil, a vir e voltar sem dizer nada. Mas nunca ninguém pensou nisto: será que é malvada? É que quando fica sem ela qualquer pessoa fica acabada. Faz-se passar despercebida, sem ninguém notar a sua presença, ajuda-nos a ser criativos e limita a nossa cabeça. Mas e se ela estivesse cá enquanto eu escrevia isto? Ninguém se aperceberia do que acontece nisto. Pois às vezes a falta de algo traz-nos à sua própria presença. É como se inspiração fosse uma doença. Estava sem inspiração, e a sua falta inspirou-me. A sua falta trouxe-a e isso ajudou-me. Estava sem inspiração, por isso escrevi sobre a mesma. Assim fiz uma nova filosofia, mas com diferente tipologia. Mas foi tudo isto escrito por um acaso, o mundo de me ouvir teve vontade. Mas só porque as variáveis se alinharam para eu ter a possibilidade de escrever a verdade. Pois nem Arquimedes ou Platão um dia sequer sonharia em ter a falta de inspiração para escrever esta iguaria. Será que estar aqui foi sorte? Ou será que foi o futuro? Bom, ninguém sabe, porque no pano de sabermos a verdade, prever o que acontecerá é um grande furo.
